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Por que a classe média quer nos matar?

Aos possuidores de bom senso a banalização da violência armada causa indignação e rejeição, aos incautos, não! É nos segundos que a família proto-nazista que exerce inúmeros mandatos no Estado do Rio de Janeiro investe. E descobriu um campo vasto de gente manipulável, por estímulos primários, animalescos e altamente egóicos.

Imagens de trabalhadores sem-terra portando instrumentos de trabalho já foram utilizadas com as mais espúrias finalidades para criminalizar o movimento. Passando ideias de temor e repúdio, dificultando o entendimento das propostas vinculadas à produção de alimentos orgânicos e fixação da família produtora no campo, entre outras de elevado perfil sócio-histórico e econômico. Porque a manipulação da imagem já é força midiática há muito tempo!

Estranhamente, as imagens dos políticos da família bélica (pelo menos no discurso) não causam impacto, nem repúdio na família tradicional que odeia sem-terras e grevistas.

Porque há afinidade de gosto. A classe média brasileira é arbitrária e tem sanha assassina, sim! Ela quer manter seus privilégios a qualquer custo, e não considera a vida dos trabalhadores, pobres e minorias como dignas de serem preservadas, defendidas e estimadas.

Outro fator de estranhamento, é o núcleo duro dessa banalização armamentista ser encontrado nas igrejas brasileiras. São católicos que se autodefinem como conservadores, evangélicos de variadas denominações e até espíritas, achando graça das poses ameaçadoras dos tais políticos.

A priori, consideramos a grave perda de senso identitário do brasileiro que “odeia política” e não buscou se alfabetizar no entendimento da vida societária, transformando-se apenas em massa acéfala, preenchida de arrotos e moralismo barato.

Bertold Brecht estava com a razão. O analfabetismo político do nosso povo elegeu os piores, e a contaminação da ideias armamentistas de quem busca ser financiado pela indústria das armas diminui a esperança de crescimento humanitário no gigante, que se revela a cada dia mais monstruoso.

Diante desse cenário o que podemos fazer? Mostrar a nossa parte no cultivo da diferença. Não esmorecer na certeza de que uma nação não pode estruturar felicidade sobre cadáveres. Não pare de falar de amor e abasteça sua luta com muita esperança, pois a única certeza que nos resta é a de que precisamos seguir adiante.

Avante!

 

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