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Vereadores do Pilar são condenados por corrupção

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Sete vereadores e ex-vereadores da cidade de Pilar foram condenados a devolver R$ 3 milhões aos cofres públicos- além de multa individual de R$ 3 milhões- por desvios de R$ 2,6 milhões- durante quatro anos- da Câmara de Vereadores da cidade.

Os réus condenados foram Patrícia Rocha, vereadora do Pilar e ex-presidente da Câmara Municipal; Luiz Carlos Omena, vereador e atual secretário de Educação do Pilar; Paulo Urbano, ex-vereador e atual secretário de Finanças de Boca da Mata; Roberto Cavalcante; Damião dos Santos e os ex-vereadores Amaro Veloso e José Hosano, este que já assumiu a presidência da Câmara da cidade.

Os edis foram denunciados pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas- o Gecoc e presos durante a operação Pesca Bagre, em 2009.

Em julho de 2009 foram cumpridos mandadosautorizados pelos juízes da 17ª Vara Criminal, especializada no combate ao crime organizado, a partir de uma denúncia formulada pelo MP.

Eles foram acusados dos crimes de peculato, dispensa de licitação, ordenação de despesa não autorizada e formação de quadrilha.

Segundo os promotores de Justiça, os documentos analisados pela auditoria contábil do Ministério Público Estadual apontam que os vereadores se especializaram em usar irregularmente a verba de gabinete na compra de materiais sem licitação, gastos excessivos com combustíveis e locações de veículos, além da contratação de terceiros, aquisição de material de construção e o pagamento de benefícios aos vereadores sem nenhum respaldo legal.

Foram gastos com repasses fraudulentos cerca de R$ 1,5 milhão em apenas dois anos. Só em diárias eles totalizaram gastos de R$ 184 mil.

Outro exemplo da fraude está nas dispensas de licitações de materiais desnecessários ao Legislativo. No exercício de 2005, com a Mesa Diretora sob a presidência do ex-vereador José Hosano a Câmara do Pilar adquiriu R$ 12,1 mil em material de construção sem nenhuma licitação. Ou em 2007, quando o então vereador Oziel Barros adquiriu R$ 63,8 mil em combustível sem licitação. Bem como a vereadora Patrícia Rocha que locou veículos por R$ 95,8 mil pagos com verba de custeio.

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