O ano é novo na Câmara de Vereadores, mas a prática é velha. A faca no pescoço indica que o orçamento para este anosó sai aprovado no Legislativo Municipal se o prefeito Rui Palmeira (PSDB) estiver disposto a negociar. A peça está na Prefeitura, após modificações na Casa de Mário Guimarães. Na mesa de bilhar da política local, a hora é de ceder às pressões dos vereadores: eles querem cargos na administração municipal em troca dos votos ao orçamento.
A Mesa Diretora, capitaneada por Chico Filho (PP), quer R$ 5 milhões a mais para gastar no Legislativo. Rui alega não ter dinheiro. Então, os vereadores querem indicar cargos de grande valor eleitoral: direção de escolas e postos de saúde- as áreas em que o prefeito diz que só técnicos podem reger.
A orquestra não está afinada no início da era Rui Palmeira. E ele deve decidir se cede às pressões. Ou negocia.
Enquanto isso, dia 19, terça-feira, o alarme de início da sessão soa às 9 da manhã. Sem orçamento.
Assembleia
Na Assembleia Legislativa, o ano também começa na próxima terça. E com pauta cheia: a criação da carreira de funcionário da Agência Reguladora de Serviços Público (Arsal) e cessão de dois terrenos nas cidades de Teotônio Vilela e Marechal Deodoro ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
