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Usineiros negam incentivos ‘exagerados’ e falam em ‘camisa de força’ tributária

O Sindicato dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas (Sindaçúcar) negou, em nota distribuída à imprensa, que esteja recebendo “exagerados” incentivos fiscais e disse que o setor alagoano é o que menos recebe estes incentivos no Brasil. Alagoas é o maior produtor de cana de açúcar do Nordeste.

“Em Alagoas, além do setor padecer do maior peso tributário em relação a todos os demais Estados, toda e qualquer tentativa de amenizar as amarrações dessa camisa-de-força é tida como uma falcatrua”, disse o sindicato, que representa os usineiros.

A nota é uma resposta às acusações dos sindicatos que representam os trabalhadores do fisco. Ver mais sobre o assunto. O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) negou as facilidades ao setor

 Veja nota completa

Mais uma vez o setor sucroenergético alagoano é vítima de acusações falsas sobre supostos exageros quanto a incentivos fiscais recebidos.

Antes de qualquer coisa é importante esclarecer que o setor sucroenergético alagoano é o que menos recebe incentivos fiscais no Brasil. Para se ter uma ideia dessa defasagem, em Pernambuco, esse segmento recebe três (3) vezes mais incentivos que em Alagoas.

Comparando-se com nossos outros vizinhos no Nordeste – Sergipe, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte – a realidade também nos é bastante desproporcional e adversa. No resto do Brasil continuamos a perder terreno: O Estado do Rio de Janeiro reduziu sua alíquota de ICMS para açúcar e álcool para apenas 2%. Em Goiás o resultado do apoio tributário ao segmento sucroenergético é admirável, o que faz com que a produção goiana de açúcar e álcool esteja ocupando todo o mercado Norte do Nordeste (Piauí, Ceará e Maranhão), áreas antes abastecidas pela produção alagoana.

Repetimos: O Estado de Alagoas é a unidade federada que menores incentivos oferece à atividade sucroenergética. Nos demais Estados brasileiros, prevalece um entendimento técnico e fiscal coerente para com a Justiça Social e para com o Crescimento Econômico. Nesses Estados o setor sucroenergético, um dos únicos em todo mundo que ainda emprega milhares de pessoas, com dignidade e segundo todas as normas da legislação trabalhista, recebe apoios fiscais legais, éticos e justos, para que melhor possam manter suas posições no tecido produtivo brasileiro.

Em Alagoas, além do setor padecer do maior peso tributário em relação a todos os demais Estados, toda e qualquer tentativa de amenizar as amarrações dessa camisa-de-força é tida como uma falcatrua.

Este é um dos motivos pelos quais novos investimentos do setor, feitos por empresários alagoanos, são direcionados para outros Estados brasileiros, como Minas Gerais, Goiás, Bahia, Mato Grosso e até São Paulo.

Protestamos veementemente contra mais essa tentativa de manipulação de informações contra o setor sucroenergético alagoano.

Defendemos com firmeza que Alagoas se iguale, em termos de incentivos fiscais ao segmento sucroalcooleiro, aos demais Estados brasileiros, especialmente a nossos concorrentes mais diretos: Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O açúcar e o etanol produzido em Alagoas precisa, urgentemente, recuperar os mercados perdidos por uma política fiscal estadual que o distancia da competitividade regular com os outros Estados da Região Nordeste.

Sindicato dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas

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