União reajusta medicamentos em 5,85%

O reajuste poderá ser efetuado a partir de 31 de março e terá como referência o preço do fabricante praticado em 31 de março de 2011. A lista dos medicamentos que podem subir ou baixar de preço ainda não foi divulgada

Globo

O governo federal autorizou nesta segunda-feira (19) o reajuste de até 5,85% nos preços de medicamentos em todo o país. Mas, segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no estado de São Paulo (Sindusfarma), cerca de 48% dos medicamentos deverão ter o preço reduzido. É que a revisão dos valores praticados foi calculada a partir da concorrência com os genéricos. Isto é, quanto maior a participação de genéricos no mercado para aquele produto, maior pode ser o aumento de preço. Sendo que para os remédios em que a particpação de genéricos é inferior a 15%, deve haver queda de 0,25% no valor.

O reajuste poderá ser efetuado a partir de 31 de março e terá como referência o preço do fabricante praticado em 31 de março de 2011. A lista dos medicamentos que podem subir ou baixar de preço ainda não foi divulgada.

Segundo a resolução nº 2/2012, da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo que regula preços de produtos farmacêuticos, publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, o governo dividiu os medicamentos em três níveis. Os remédios classificados no “Nível 1”, em que genéricos representam pelo menos 20% das vendas do mercado, o aumento autorizado é de até 5,85%, o maior reajuste permitido, que acompanha a variação do IPCA de março de 2011 a fevereiro de 2012.

Os produtos farmacêuticos classificados no “Nível 2”, em que vendas de genéricos ocupam de 15% a 20% do mercado, o reajuste pode ser no máximo de 2,80%. E para os remédios em que a participação dos concorrentes genéricos é inferior a 15% das vendas, classificados como “Nível 3”, deve haver redução de preço de 0,25%, “pois não tem havido repasse de produtividade nestas classes”, explica a resolução.

O Sindusfarma diz, em nota, ter preocupação com essa queda nos preços, porque a indústria sofreu aumento no custo de produção, que seriam uma elevação média de 10% no frete, alta média de 11% na eletricidade, reajuste de 14% nas embalagens e elevação de 11% em média dos insumos.O Sindusfarma informou que o fato da resolução autorizar o reajuste não significa que ocorrerão aumentos automáticos ou imediatos nas farmácias.

Segundo o sindicato, “em geral, há um período de ajuste, que dura cerca de dois a três meses”, o que deve fazer com que as primeiras variações de preço sejam percebidas em junho ou julho.

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