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União Brasil tem dois donos em Alagoas: Marcelo Victor e Arthur Lira

O União Brasil ganha contornos em Alagoas que não são tão diferentes do restante do Brasil. A prioridade é eleger o maior número de deputados federais para garantir o fundo partidário e tempo de TV. Nos estados, segue a linha do centrão: fica do lado de quem tem chance de ganhar nos governos ou Câmara Federal. Portanto não é de esquerda nem de direita. É uma lógica pragmática da busca do voto pelo voto.

No Ceará, faz oposição a Ciro Gomes e apoia o bolsonarista Capitão Wagner ao Governo. Em São Paulo, é aliado do PSDB e incentiva o vice-governador Rodrigo Garcia para o Governo. E o PSDB paulista é João Doria, rival de Bolsonaro.

Em Alagoas, o União Brasil será gerenciado pelo presidente da Assembleia Marcelo Victor e da Câmara, Arthur Lira.

Victor assinou a ficha de filiação ao União Brasil, será o presidente da legenda em Alagoas. Ele não apoia Bolsonaro. Lira permanece no PP e vai apitar muito dentro do novo partido que deve ser homologado até o final de fevereiro pelo TSE. O presidente da Câmara quer a reeleição de Bolsonaro.

Paulo Dantas é cotado para o União Brasil, quando deve assumir o Governo-tampão em abril e disputa a reeleição, isso se Renan Filho sair da chefia do Executivo para disputar o Senado. Dantas vota em Lula para presidente.

O senador Fernando Collor (PROS) espera o apoio do União Brasil e do PP para o Senado. Ele apoia a reeleição de Bolsonaro.

Levando em conta o passado, o União Brasil terá o mesmo poder e influência que o PMN tinha quando Celso Luis era o presidente da Assembleia.

No auge do seu poder, o PMN tinha 16 deputados, de longe a maior bancada. Foi quando os parlamentares encaixaram Celso na vaga de vice ao Governo de João Lyra, o deputado federal mais rico do Brasil, na época.

JL perdeu, Celso viu o poder sair por entre os dedos das mãos.

Na política, assim como na vida, há o dia de ganhar e de perder.

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