Um ano após prisão, delegado é 'vigiado' por tornozeleira eletrônica

Francisco Tenório responde por quatro assassinatos; estava preso pela morte de PM

Um ano e 14 dias após ser preso por assassinato, logo após perder a imunidade parlamentar, o ex-deputado federal e delegado da Polícia Civil, Francisco Tenório (PMN) ganhou liberdade nesta quinta-feira. Ele conseguiu um habeas corpus da 17ª Vara Criminal da Capital, que atua no combate ao crime organizado.

Sai da cadeia, mas sob a condição de usar uma tornozeleira eletrônica. Entre as regras que o delegado e ex-parlamentar terá de seguir está a de não tentar violar a tornozeleira. Volta para a cadeia, se isso acontecer.

Chico Tenório, como é conhecido, responde pelo assassinato do cabo da Polícia Militar, José Gonçalves, em 1996, em um posto de gasolina. Ainda é acusado na morte Cícero Belém e José Alfredo Raposo Tenório Filho, mortos em 2005, instantes após terem saído da casa do delegado, no condomínio Aldebaran, um dos mais luxuosos de Alagoas.

Tenório é acusado ainda de matar o fazendeiro Fernando Fidélis, que estava preso por assassinato. Ele foi morto na cadeia em outubro de 2005.

Mês passado, o Terra mostrou que Tenório e o prefeito afastado da cidade de Traipu, Marcos Santos, organizaram uma festa de natal na cadeia, com direito a presença da família e fotos no facebook. A repercussão do caso fez a Justiça determinar o fechamento da Casa de Custódia, na capital, local onde estavam presos. Na cadeia, estava a prefeita da cidade de Chã Preta e mulher de Chico, Rita Tenório.

Além do ex-parlamentar, o irmão dele- o ex-deputado estadual José Maria Tenório (PMN)- preso por roubo a bancos- também foi beneficiado pela liberdade, desde que use a tornozeleira eletrônica.

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