Tratamento de Alzheimer avança nos Estados Unidos

Droga testada em ratos é esperança a quem sofre com doença degenerativa

Público PT

O químico chama-se Bexarotene e já é usado há mais de dez anos no tratamento de certas formas de cancro humano, mas agora há indícios que esta droga pode revolucionar o tratamento da doença de Alzheimer.

O que se sabe é que em ratos que têm a doença de Alzheimer- e são tratados pelo medicamento- conseguiram restabelecer o comportamento e a aprendizagem.

O que causa o Alzheimer é a acumulação no cérebro da proteína Beta amilóide, que numa situação normal é degradada continuamente.

Um dos maiores riscos genéticos para o desenvolvimento desta doença está associado ao mau funcionamento da Apoliproteina E (Apo-E), uma proteína cujo desempenho acaba por provocar a degradação da Beta amilóide.
A equipa de cientistas liderada por Gary Landreth, do departamento de neurociências da Case Western Reserve University School of Medicine, Ohio, EUA, testou o efeito do Bexarotene em ratos. Este químico está autorizado para ser utilizado desde 2000 pela Food and Drug Administration, a entidade que valida a utilização de medicamentos nos EUA.
A equipe testou o Bexarotene e verificou que ela se liga a um receptor das células que provoca a produção da Apo-E. Nos ratos, em apenas seis horas, foi degradado um quarto da Beta amilóide que estava solúvel no cérebro.

Mas, nos doentes de Alzheimer, esta proteína acumula-se no cérebro em forma de placas, uma das características mais fortes desta patologia.

Nos roedores, mais de metade das placas foram degradadas em apenas 72 horas e ao final de algum tempo 75% das placas desapareceram. Estes efeitos nunca foram conseguidos em nenhuma outra droga utilizada para tratar doentes com Alzheimer.

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