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The New York Times analisa impacto dos protestos sobre imagens de Pelé e Ronaldo

Zero Hora

O povo brasileiro está revoltado com os gastos na organização da Copa do Mundo que se sobrepuseram a necessidades básicas, como maiores investimentos em saúde e educação. Esta é a análise que o jornal americano The New York Times faz sobre a série de protestos no país nas últimas semanas. O principal periódico dos Estados Unidos contextualiza a situação política do Brasil e ressalta, no âmbito esportivo, as críticas que Pelé e Ronaldo, dois dos principais atletas da história, têm recebido pela falta de apoio às manifestações em detrimento de ganhos pessoais com a realização da Copa em território nacional.

De acordo com a publicação nova-iorquina, os brasileiros cobram uma postura mais efetiva de Pelé ao lado da sociedade e destacam a repercussão de um vídeo de Ronaldo, no qual o atacante diz que uma Copa do Mundo se faz com estádios, não com hospitais. O jornal afirma que houve um constrangimento grande dos governantes brasileiros perante os representantes esportivos internacionais após uma luta árdua para tornar o Brasil sede de grandes eventos esportivos, como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a Olimpíada de 2016. The New York Times lembra ainda que a maioria das obras relativas à Copa terminaram com gastos maiores que os orçamentos previstos.

O jornal faz um paralelo entre os eventos atuais e a postura de Sócrates nos anos 1980. Para eles, as ações do Doutor transcenderam o esporte para influenciar as questões políticas do país. Na visão dos americanos, os problemas sociais que foram deixados em segundo plano para as obras da Copa do Mundo agora geram os protestos, inclusive sobre ídolos esportivos.

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