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Tensão nas ruas assusta, mas agenda do papa Francisco no Brasil é mantida

Correio Braziliense

Os atos de vandalismo nos protestos de rua que tomaram conta do país deixaram preocupados os organizadores da Jornada Mundial da Juventudade (JMJ), o maior evento católico do mundo, marcado para o mês que vem, no Rio de Janeiro. Oficialmente, a Igreja Católica garante que a programação está mantida e que o papa Francisco desembarcará mesmo na capital fluminense na data prevista, daqui a exatamente um mês. Mas, entre representantes da cúpula da instituição — e também do governo —, cresceu o temor com a segurança dos milhares de peregrinos e do santo padre.

Reunidos até ontem para uma reunião de trabalho, os presidentes das comissões e dos conselhos que compõem a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se espantaram com as cenas que viram pela televisão. Na hora de elaborarem a nota com a opinião da Igreja sobre as manifestações (veja texto ao lado), os bispos decidiram, por precaução, não citar a jornada, para evitar qualquer associação do evento com o atual clima de tensão no país.

Ainda pela manhã, o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Em tese, o encontro seria para tratar de “assuntos técnicos” sobre a vinda do papa. Na saída, em tom apreensivo, o ministro alertou para a possibilidade de, durante a visita de Francisco, o Brasil ainda estar enfrentando a turbulência das mobilizações sociais.

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