Temendo traição de Albuquerque, Vilela pede a TJ que adie escolha de vaga no Tribunal de Contas

Segundo as articulações, costuradas pelo governador, a ideia é adiar a entrega da Assembleia ao vice-presidente, Antônio Albuquerque (PT do B)- que pressiona Fernando Toledo

Um pedido do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) ao Tribunal de Justiça deve adiar, por alguns meses, a indicação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Toledo (PSDB) à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas.

Toledo depende da decisão do TJ, que terá dois caminhos: aceitar os argumentos da Casa de Tavares Bastos, e entregar a vaga ao Legislativo- que indica o atual presidente- ou aceitar que o Ministério Público de Contas é quem deve ocupar o posto- como já acontece, hoje, na prática.

Uma terceira via é construída, na própria Assembleia: o deputado Gilvan Barros (PSDB) disputar, empurrado pelo Palácio República dos Palmares, a vaga de conselheiro, atrapalhando os planos de Fernando Toledo.

Segundo as articulações, costuradas pelo governador, a ideia é adiar a entrega da Assembleia ao vice-presidente, Antônio Albuquerque (PT do B)- que pressiona Fernando Toledo. Os governistas temem que AA- indiciado pela Polícia Federal, em 2007, por liderar organização criminosa que desviou R$ 300 milhões da folha de pagamento do Legislativo- possa desgastar polticamente o governador- ou desenterrar pedido de impeachment de Vilela, citado nas investigações da Operação Navalha. Os efeitos podem ser sentidos nas eleições à Prefeitura de Maceió- o Palácio República dos Palmares aposta nos nomes dos deputado federal Rui Palmeira (PSDB), o estadual Jeferson Morais (DEM) e o secretário de Assistência Social, Marcelo Palmeira.

As investigações contra Vilela não foram adiante porque a Assembleia não autorizou, a pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a abertura desta investigação.

Candidato em 2014 ao Senado, Vilela quer evitar a “traição” de AA, se ele estiver no posto mais alto da Assembleia.

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