Apesar do aparente clima de harmonia, a presidente do Tribunal de Contas, Rosa Albuquerque, é mais dura nas ações que nas palavras.
Está publicado no Diário Oficial do TC: instalação de uma comissão para analisar todos os contratos vigentes e restos a pagar no ano passado. Traduzindo: auditoria na gestão Otávio Lessa.
É a primeira vez que um presidente do TC pede para investigar as contas do seu antecessor.
Rosa escolheu três nomes de confiança para a auditoria: Daniel Brabo Magalhães (reputação inquestionável no meio jurídico e procurador-chefe do TC); Jean Jacks Cavalcante Gomes (ligado ao ex-prefeito de Canapi, Celso Luiz, marido da vice-presidente do tribunal, Maria Cleide) e Phillipe de Oliveira Souza Freire (advogado, diretor administrativo na Corte de Contas).
A presidente do tribunal cogita, por exemplo, conversar com o governador para suspender o repasse do imposto de renda aos cofres estaduais. E ela já disse, internamente, não ter dinheiro para pagar aos fornecedores.
O significado político disso? Rosa, irmã do deputado Antônio Albuquerque, não assina os papeis deixados pelo ex-presidente do TC.