É em meio a uma ameaça de greve geral dos servidores públicos de Alagoas- precarizando ainda mais os atendimentos à população mais pobre- que o Tribunal de Contas de Alagoas deseja, ardentemente, aumento nos salários dos seus diretores e adjuntos e ; procurador-chefe jurídico e seu adjunto.
Serão 6,58% (bem acima da inflação do ano passado, fechada em 2,95%)- um tapa na cara dos militares, professores e médicos, cansados (e com razão) de ouvirem artigos, incisos e parágrafos das leis que, ao que parece, só valem para eles.
E só valem mesmo para eles.
Porque, no TC, a maioria que busca este reajuste ganha mais de R$ 10 mil.
O tribunal tem 29 diretores, 24 assessores jurídicos. E outras tantas sinecuras, tornadas válidas pela Assembleia Legislativa, a mesma fábrica de laranjas e fantasmas engordados (ainda mais) em tempos de eleição.
Dos 125 cargos beneficiados pelo aumento, 31 ganham entre R$ 10 mil e R$ 13 mil.
É legal?
Sim. E se não fosse, TC e Assembleia dariam “um jeitinho”.