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Tarcísio será o futuro do Brasil?

A direita brasileira vai delineando o perfil que “deve” merecer a presidência da República a partir do pior mandato de Lula, o liberalizado terceiro turno que está em curso.

Já dizia a sabedoria antiga que não se pode agradar a dois senhores, e como o presidente não corresponde integralmente aos ditames do deus mercado e suas elites desumanas, mas também não reúne condições objetivas para fazer um enfrentamento real, segue patinando entre discursos e políticas xoxas para a pobreza, jorrando paternalismo em modelo antigo.

O que sustenta a força do governo está muito mais na ideologia do que na prática. Mas esta arena também está corrompida pela narrativa comportamental, uma ferida que consome a esquerda, que se distancia cada vez mais das raízes dos problemas econômicos e gasta muita energia tentando construir elites segmentadas entre o minoritismo. Este fato, mantém as estruturas de desigualdades econômicas incólumes.

A massa militante começa a se comportar de maneira acrítica e apaixonada, mas este percentual não é majoritário.

No silêncio do cotidiano, a direita convoca os fantasmas que dormitavam no inconsciente coletivo, para que despertem e assustem ideais humanitários e abominem os conceitos igualitários, libertários e tudo o que possa fortalecer o “comunismo”, o mais exitoso mito político do mundo.

A casa-grande convoca os trabalhadores para a defesa da moral, dos costumes que “harmonizam” as relações com servilismos e ilusões de segurança. O povo brasileiro está em busca de “uma árvore que dê sombra” porque o calor da sobrevivência está causticante. A direita tem essa árvore no aparelhamento do Estado. A força destrói o risco, aclama e acalma o medo, porque todo corpo que tomba nas mãos da polícia é “marginal”.

Os bandeirantes avançam sobre a terra bruta, e estão destinados a fazer “limpeza social” para pacificar a cidade.

O passado nunca abandonou o presente. O Brasil está fervendo de arcaísmo e ignorância.

No caldeirão político ninguém sabe mais quem não está apenas performando.

A mistura desordenada de interesses diminuiu as referências de força coletiva. Restaram os conglomerados, as bolhas, os espaços de confraternização entre semelhantes.

O cenário é propício para que o nome de Tarcísio de Freitas cresça.

O amanhã está nublado outra vez.

 

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