Tarcísio e as 20 mil câmeras de segurança privadas em São Paulo; saiba detalhes

O mercado de câmeras de monitoramento tem crescido consideravelmente em São Paulo nos últimos anos, devido ao aumento da sensação de insegurança causada por roubos a pedestres na frente de condomínios. Empresas de segurança e monitoramento têm instalado postes de vigilância em vários bairros da capital, com o intuito de fornecer um sistema de segurança colaborativa, que possibilita uma ampla visão para repelir a criminalidade.

Estas empresas estão em negociações com o governo Tarcísio de Freitas para compartilhar, em tempo real, as imagens captadas por mais de 20 mil equipamentos privados de câmeras de segurança com o programa Muralha Paulista. Esse programa visa utilizar um sistema de reconhecimento facial para prevenir crimes, identificando possíveis criminosos entre a população da cidade.

Além das câmeras privadas, o programa também pretende utilizar câmeras de órgãos como o Metrô e da Prefeitura de São Paulo, que já estão em operação no programa Smart Sampa. No entanto, a instalação desses postes com câmeras tem gerado debates sobre a regulação e privacidade dos dados, uma vez que empresas privadas realizam trabalhos de segurança que muitas vezes não são supervisionados por órgãos competentes, como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Especialistas apontam que esse uso de tecnologia de monitoramento pode acentuar a divisão e segregação da cidade, criando espaços públicos que não são acessíveis a todos e alimentando grupos de vigilância não oficiais, que podem utilizar as informações captadas pelas câmeras para fins questionáveis.

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