G1
Uma ação conjunta entre militares do 7º Batalhão da Polícia Militar e o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (MP) resultou, na madrugada deste sábado (23), na prisão do vigilante Evandro Bezerra da Silva, acusado de participar do assassinato da advogada paulista Mércia Nakashima. O suspeito, foragido da Justiça de São Paulo há mais de um ano, foi preso no Povoado Candu, na cidade de Carneiros.
A prisão de Evandro ocorreu após informações repassadas para o Disque-Denúncia. Com o vigilante, os policiais encontraram um revólver calibre 32, com cinco munições intactas,duas balaclavas e uma moto, que possui queixa de roubo.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Defesa Social, Evandro está sendo trazido para Maceió por militares da Força Nacional.
O vigilante já havia sido preso, em julho de 2010, no estado de Sergipe, pela participação na morte de Mércia. No mês seguinte, Evandro foi posto em liberdade, mas no final do ano teve novamente a prisão decretada.
Evandro, que é natural de Olho D’Água das Flores, também é suspeito de roubos praticados contra estabelecimentos comerciais, bancários e agências de Correios no Estado de Alagoas.
Entenda o caso
Depois de desaparecer em 23 de maio de 2010 da casa dos avós, em Guarulhos (SP), a advogada Mércia Nakashima foi achada morta em 11 de junho em uma represa em Nazaré Paulista. O veículo onde ela estava havia sido localizado submerso um dia antes. Segundo a perícia, a advogada foi agredida, baleada, desmaiou e morreu afogada dentro do próprio carro no mesmo dia em que sumiu. Ela não sabia nadar.
Um pescador disse à polícia ter visto o automóvel dela afundar e um homem não identificado sair do veículo. Além disso, afirmou ter escutado gritos de mulher.
Para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, Mizael Bispo matou a ex por ciúmes e o vigilante o ajudou na fuga. Mizael alega inocência. Evandro, que chegou a acusar o patrão e dizer que o ajudou a fugir, voltou atrás e falou que mentiu e confessou um crime do qual não participou porque foi torturado.
Ainda segundo o relatório DHPP, Mizael e Evandro trocaram diversos telefonemas combinando o crime. A polícia chegou a essa informação a partir da quebra dos sigilos telefônicos dos dois. O rastreador do carro do ex também mostrou que ele esteve próximo ao local onde Mércia foi achada.