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Suspeito de atentado em Boston responderá por complô e uso de arma de destruição em massa

Zero Hora

O suspeito de cometer o duplo atentado na Maratona de Boston na semana passada foi indiciado nesta segunda-feira por utilizar armas de destruição em massa e poderá enfrentar a pena de morte se for declarado culpado, anunciou o Departamento de Justiça.

Dzhokhar Tsarnaev, 19 anos, foi indiciado no hospital onde se encontra internado em estado grave por “uso e complô de utilização de uma arma de destruição em massa contra pessoas e bens dos Estados Unidos”, que provocou a morte de três pessoas e mais de 180 feridos em Boston no dia 15. Também foi indiciado por “destruição voluntária de bens com artefato explosivo”, segundo um comunicado do Departamento de Justiça. Seu irmão, Tamerlan Tsarnaev, 26 anos, suspeito de ser coautor do atentado de Boston, morreu na quinta-feira enquanto fugia da polícia.

A Casa Branca também afirmou nesta segunda-feira que o suspeito de Boston não será tratado como “combatente inimigo”, e sim será submetido ao sistema judiciário civil americano.

— Segundo a lei, os cidadãos americanos não podem ser julgados por comissões militares. É importante assinalar que desde o 11 de setembro (de 2001) recorremos ao sistema judicial federal para condenar e prender centenas de de terroristas. O sistema demonstrou repetidamente que pode abordar com êxito as ameaças que continuamos sofrendo — afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney em sua coletiva de imprensa diária.

Os senadores republicanos John McCain e Lindesey Grahan pediram que Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, fosse considerado um “combatente inimigo” para que pudesse ser julgado por militares na prisão de Guantánamo.

Tsarnaev está sendo interrogado sob uma legislação especial antiterrorista, razão pela qual não foi aplicada os chamados Direitos Miranda, que garante ao acusado o direito de ficar calado e receber orientação jurídica.

Nesta segunda-feira, o pai de dois jovens, Anzor, que vive no Daguestão, defendeu a inocência dos filhos, dizendo em uma entrevista a um jornal russo que Tamerlan só queria voltar a viver com sua família.

– É verdade que Tamerlan tornou-se muito religioso após o casamento e ia à mesquita toda sexta-feira. Mas era um bom muçulmano e não poderia fazer o que ele é acusado de ter feito – declarou Anzor Tsarnaev.

No ano passado, “ele viajou apenas para visitar familiares”, acrescentou.

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