Números do Hospital Geral do Estado mostram que, ano passado, foram registrados 324 atendimentos de tentativas de suicídio, número 8,3% maior que o mesmo período, em 2016 (299 atendimentos).
A maioria das pessoas que tenta se matar é mulher (194 atendidos ano passado) e o horário de pico dos socorros, no hospital, é entre às seis da tarde e meia noite.
Pelos casos atendidos pelo HGE, a maioria buscou se matar através da ingestão de comprimidos (146), depois envenenamento (64), ingestão de produtos químicos (33), corte dos pulsos (24), arma branca (16), enforcamento e pulo de altura (8), atropelamento provocado (6), atear fogo ao próprio corpo (5).
De acordo com a psicóloga da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Dayse Costa, o índice de suicídio nos homens é maior, enquanto as tentativas de suicídio são mais incidentes em mulheres.
“A questão é que, se as mulheres tentam mais suicídio, uma hora elas acabam aumentando o índice do ato consumado, é possível que isso explique os referidos dados coletados pelo Núcleo de Epidemiologia do HGE”, disse.
“Se a pessoa fala que vai se matar, no mínimo isso já passou pelo seu pensamento alguma vez na vida e se ela está externando alguma coisa, ela almeja com esta fala, afetar o outro, nem que seja para chocar. De um modo geral, se a pessoa fala, está demandando algum tipo de atenção e isso não quer dizer que não vá realmente tentar suicidar-se”, explicou.
