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Site traz um “guia” para estuprar mulheres na Universidade de Brasília

Correio braziliense

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) tentam, sem sucesso, tirar do ar uma página da internet que incita o ódio e outros crimes contra mulheres. O mais recente texto ataca estudantes da principal instituição de ensino do Distrito Federal, em especial as negras. Intitulado “Como estuprar uma mulher na UnB: o guia definitivo”, ele tinha 1.551 visualizações até as 16h45 desta terça-feira (13/1), um dia após ser publicado. Nele, o autor apresenta “cinco passos para ser um estuprador de verdade”. Em um dos trechos, os homens são estimulados a “manter uma vadia na mira da sua arma” e que “você, o sexo superior, faz o que lhe é de direito”.

 

 A página Reis do Camarote se apresenta como um guia “para você, homem branco, que já está literalmente de saco cheio destes coletivos feministas e esquerdistas”. O site afirma ainda que as mulheres são objetos sexuais e devem ser tratadas como tal. Nele, há vários textos pregando a violência física e moral contra as mulheres, principalmente as negras.

Sem se identificar, o administrador do site diz ser um cidadão brasileiro com cidadania norte-americana, branco, da extrema direita, com ódio do Brasil, petistas, militantes esquerdistas e da presidente Dilma Roussef. Enquanto ataca o Brasil e as mulheres de todas as formas, os textos enaltecem os Estados Unidos.

Em um claro afronta, o site traz um “aviso às autoridades brasileiras: “Este website é hospedado nos Estados Unidos da América por um cidadão norte-americano, que há muito tempo abdicou-se de sua cidadania brasileira. Pelas leis norte-americanas e malaias, o conteúdo do website é plenamente legal, não devendo seus autores cumprir ou muito menos dar satisfação a demandas do governo brasileiro. Os autores deste site não reconhecem o Brasil como um Estado de Direito, visto que a chefe de estado tem um passado envolvendo terrorismo. Se a invasão de propriedade privada pode ter uma ‘Função social’ no Brasil, nós também acreditamos que o estupro pode ter. Se os partidários da presidenta Dilma podem falar livremente em pegar em armas para instituir um golpe de estado, nós também podemos defender o estupro. Que DEUS abençoe os Estados Unidos da América.”

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