Uma rotina de afetação na estima do trabalhador promove o saldo miserável de enfermidades conhecidas e desconhecidas que as próprias leis ignoram, mas as pessoas sentem, vivenciam e muitos terminam por sucumbir de diversas formas.
A vida moderna gera e ignora seus males. Nos ambientes de trabalho hostis, a saúde psíquica é posta na corda bamba, e a luta pela sobrevivência ganha um acréscimo de dificuldade. As reações tendem a ser vistas pela ignorância e utilitarismo dos sistemas, como algo a ser usado contra a própria vítima.
O esgotamento emocional, quando ignorado, fatalmente diminuirá a eficácia profissional, levando o indivíduo ao pânico de não conseguir cumprir tarefas antes rotineiras. A empatia com o ambiente de trabalho é fator motivacional inquestionável, por essa razão, é preciso perceber os sinais de tensão, repulsa, relativamente a este convívio necessário à vida material, social, emocional e psicológica de todos nós.
O ritmo frenético que a sobrevivência no mundo moderno nos impõe, pede mais cuidados com o bem estar profissional. Por essa razão, se torna cada vez mais necessário que as entidades de classe, como associações e sindicatos incluam em suas agendas de luta a garantia do bem estar profissional, superando a limitação de somente discutir salários; pois o trabalhador precisa ser visto integralmente, e a quantidade de licenças por doenças psicossomáticas revela que uma frente de batalha contra questões postas no caráter arbitrário do assédio moral, precisa causar mais indignação no coletivo.
Basta de fechar os olhos para as políticas de relacionamento baseadas na perseguição, está na hora de revelar o desmonte que setores do poder público fazem na imagem do trabalhador, reduzindo a estima e aumentando o grau de dificuldades de quem já lida há anos com toda a problemática estrutural de um estado que não mostra compromisso social para com as suas demandas.
Essa punição invisibilizada precisa se tornar ponto de debate. Com a palavra, as instituições representativas dos trabalhadores em Alagoas!
