A reunião do G20 que está acontecendo em Maceió, estado de Alagoas, sobre economia digital, traduz nas falas dos representantes brasileiros o quanto o governo Lula 3 compromete importantes pastas ao entregar ao Centrão o domínio do futuro.
Luanna Roncaratti, Secretária Adjunta de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, foi apenas mais uma das vozes que simplificam as políticas de inclusão digital em um patamar que revela o quanto estamos aquém, enquanto país que gira em círculo de retórica quando se trata da população, mas afina interesses com o mundo corporativo que desemboca no Vale do Silício.
Focando a plataforma gov.br como grande exemplo de governo digital, reafirma para nossas análises, que o futuro digital do brasileiro comum é acessar o básico como se fosse o topo, quando o mundo acelera os acessos e apropriação dos saberes tecnológicos; isso aumenta a vala social que distingue ricos e pobres, em uma versão século XXI.
A narrativa empobrecida que ecoa no salão de luxuoso hotel em Maceió, não evoca benefícios reais para o povo brasileiro, mas a palavra “inclusão” foi tornada bandeira oportuna para o Centrão usar, ainda que em baixo teor de alcance real, enquanto mais dinheiro público sustenta assentos privilegiados no G20, sob a brisa do mar maceioense.
Lula 3 não responde aos sonhos de quem enfrentou violências e até mesmo lamentáveis desfechos letais, para lhe creditar o governo do Brasil.