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Sete erros comuns aos anti-Bolsonaro

Vamos jogar os jogo dos sete erros? Vamos analisar dentro desta proposta alguns erros de estratégia que estão vigorando no cenário político brasileiro, a partir das manifestações de cada um de nós que somos críticos a Bolsonaro?

Primeiro erro: Confundir Bolsonaro com uma piada.

Este misto de indignação sorridente sempre presente na maneira com a qual retratamos Bolsonaro, trabalha contra nossos propósitos de resgate do Brasil para os brasileiros. Pois se trata de um presidente a encarnar a perversidade em um projeto real de desmonte, sucateamento, desconstrução, retirada, privação, perseguição e morte . Não há motivos para sorrirmos diante da representatividade de Bolsonaro, pois tudo o que vem do seu governo é malsã, e merece críticas severas sem o refrigério do humor.

Segundo erro: Esperar que a esquerda brasileira peça o impeachment de Bolsonaro.

A representação partidária no Brasil não se mostra digna da confiança neste momento gravíssimo pelo qual estamos passando, quase a reboque das circunstâncias, quando as instituições silenciam em conivência com o planalto e o enfrentamento que deveria ser feito pelos partidos não reverberam a contento. Teremos que puxar o grito! Ou ecoa das ruas e das redes sociais, ou estaremos apenas sustentando as intencionalidades individuais de cada sigla partidária, em maiores benefícios delas mesmas, em detrimento da coletividade.

Terceiro erro: Acreditar em eleitor de Bolsonaro arrependido.

Eles não foram maioria votante e somente demonstram arrependimento diante de frustrações individuais com o governo que elegeram. No fundo continuam a ser base propícia ao surgimento de políticas do mal estar, pois seus valores (aqueles mesmos que os inclinaram ao pior voto) se mantém intactos nas subjetividades. Ao invés de perder tempo tentando resgatar quem se contaminou, mais vale investir na conscientização de quem se omitiu, deixando brecha para a eleição projeto letal.

Quarto erro: Seguir as pautas da trupe de Bolsonaro.

Desde o início deste governo, há mais ou menos um ano atrás, que sua equipe de ministros, deputados afins, filhos estrategistas e similares, buscam ocupar nossas mentes, corações, e páginas nas redes sociais. Já identificados desde o começo como produtores de cortinas de fumaça, ainda não encontraram em nós a resistência necessária para ignorar suas bobagens previamente pensadas e executadas com intuito político. Consideremos a equipe que trabalha por trás de cada erro proposital dessa trupe, e aprendamos a desidratar esse canal de entretenimento pago com dinheiro público.

Quinto erro: Interpretar o país através das redes sociais.

Precisamos chegar mais próximos das pessoas reais, de carne e osso, para sentirmos as possibilidades de interferência na mentalidade do nosso povo. Fazer leituras é algo maravilhoso e importantíssimo, mas não é bastante para nos fazer compreender os fenômenos que se materializam nas ruas do Brasil de verdade. A partir do povo, nossa compreensão se alarga, e a proposta de guetos pode cair por terra, liberando ações coletivas de fortalecimento mútuo, em propósitos societários.

Sexto erro: Desanimar.

Quem faz o todo são as partes, sim! E cada um de nós é parte importante neste processo de resistência às políticas de morte que Bolsonaro implanta no Brasil. É a cotidianidade que nos manterá no front ideológico, humanitário, e sem nós a corrente ficará mais curta; e conosco, mais elos estarão unidos.

Sétimo erro: Combater os pares.

O momento político é tão grave que qualquer ideia sobre disputar território deve declinar, para que o território comum seja a pátria e a democracia. Ou lutamos juntos ou lamentaremos separados, quando o avanço desta ditadura bolsonarista nos atropelar de vez. Por hora, observemos os sinais.

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