Sérgio Moro comemora seu novo emprego no país que ajudou a destruir

Alain Oliveira- Geógrafo

Pedi um Uber e veio um honda fit, carro que em média custa 64mil. Era um engenheiro desempregado que trabalhava numa subsidiária da Petrobrás, mas agora “era Uber” para poder se manter com sua família em Maceió.

Conheci um cara que vende açaí numa praça de Maceió. Antes disso, um torneiro mecânico que trabalhava em indústrias pelo Brasil e até chegou a escolher pra onde queria ir.

Semana passada contratamos um montador de móveis e logo percebi que o cara era bastante articulado. Puxei assunto e descobri que ele trabalhava no Porto de Santos e após a lava jato a empresa fechou e ele decidiu vir para Maceió e aqui ganha a vida montando móveis já que não tem emprego na sua área.

As três histórias têm em comum o desmonte da indústria nacional, que nunca foi o nosso forte, mas estava em crescimento.

O calhorda que hoje comemora seu novo emprego foi um dos responsáveis por tal desmonte. Não queira aqui falar do PT e nem de corrupção. Certamente @sf_moro não quis combater a corrupção. Nem ele e nem o @deltandallagnol, “santo homem” venerado por parte dos evangélicos deste país. Eles queriam projeção e conseguiram.

Primeiro o Moro consegue um emprego no atual desgoverno, até que é enxotado e agora vive entre os que querem tacar pedra e os seus defensores, gente que quer vê-lo presidente em 22. Tudo isso após contrariar o bobo da corte que assenta a cadeira de presidente. Agora ganha um emprego numa empresa estrangeira que administra a recuperação judicial do Grupo Odebrecht, grupo condenado por Moro durante a Lava Jato.

Fiquei curioso se entrevista de emprego não foi aquela feita pelo Bial nos últimos dias.

Durante a Lava Jato Moro não podia fazer fazer dois programas ao mesmo tempo e agora se deita com quem paga mais. Ainda sobre essa questão há quem diga que ele fazia sim dois programas ao mesmo tempo; no Brasil e nos EUA, por quem tem uma louca paixão, digna dos filmes rodados em cabarés onde a moça se apaixona pelo carrasco. Só que diferente dela, que merece o nosso respeito, ele não merece ser respeitado. A história cobrará, se é que já não tem feito isso.
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Ps.: Leia Jesse Souza para entender melhor a ligação Moro, EUA e LJ.

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