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Semipresidencialismo de Arthur Lira parece parlamentarismo de araque adotado com Jango

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), busca no passado uma ideia de democracia mais indireta, um regime que cheire menos a povo e que possa limitar os poderes do futuro presidente da República. E as projeções nas pesquisas dizem que Lula deve ser eleito.

Lira joga no tabuleiro político de Brasília o semipresidencialismo. Diz se tratar de algo importado da Europa.

Mas isso é um ferro-velho bem conhecido na história brasileira.

Quando Jânio Quadros renunciou em 1961, o vice era João Goulart. Como as reformas de base de Jango, além do cheiro comunista, não agradavam a camarilha dos negócios, impuseram um parlamentarismo, onde o presidente virou peça decorativa.

Em 1964, veio o golpe militar.

Arthur Lira enxerga longe.

O semipresidencialismo diminui o poder do presidente, aumenta o do Congresso, institui um primeiro-ministro (que pode ser Lira??) e deve encontrar algum respaldo na Fiesp, instituição que o presidente da Câmara é ferrenho porta-voz.

A turma dos negócios não dorme.

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