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Sem saber os segredos dos outros, Arthur Lira fica de fora da disputa pela Câmara

Pelo jogo que é jogado em Brasília, Arthur Lira não esperaria que sua candidatura fosse consenso na disputa pelo comando da Câmara.

Nesta sexta-feira, o bloco capitaneado pelo seu inimigo cordial Rodrigo Maia anunciou a formação de uma frente com 11 partidos, com 269 deputados.

Ainda não há candidato a presidente que pode ser Baleia Rossi (MDB-SP) ou Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Aguinaldo Ribeiro é do mesmo PP de Lira, mostrando uma curiosidade: o partido que é o mais investigado na Lava Jato, está dividido entre os que têm fome e os que estão com vontade de comer o farto banquete do poder.

Lira, por sua vez, revirou seu baú (que parece ser bastante fundo). Lembrou que a oposição- hoje unida a Maia- não tem coerência e “talvez também um comprimidozinho para a memória”.

Sem saber o segredo dos outros, a sobrevivência é curta em Brasília.

Para empurrar a disputa para o campo obscuro, surge o ministro Paulo Guedes, revelando à Veja a conspiração de Maia e governadores para derrubar Jair Bolsonaro pelo impeachment. Citou o ministro do STF, Gilmar Mendes, que falava de um aceno de Bolsonaro para alterar o rumo das coisas. O aceno foi a demissão (ou queda para cima, neste caso o Banco Mundial) de Abraham Weintraub, da Educação.

Guedes citou ainda João Dória, governador de São Paulo, que teria sugerido ao ministro- segundo Paulo Guedes- que abandonasse o Governo.

Falta Jair Bolsonaro entrar com mais ênfase na campanha de Arthur Lira, ao que parece.

Ou não?

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