O futuro do bairro do Pinheiro vai se desenhando aos moradores de Maceió.
A área vermelha- a mais afetada pelo fenômeno geológico estudado por autoridades nacionais e internacionais- é alvo de saques.
Mais adiante será invadida. É questão de tempo.
A polícia faz a segurança no bairro. Mas, por quanto tempo?
Qual o destino dos imóveis hoje abandonados?
Até agora, não existe um plano que trace o futuro do Pinheiro.
E a tendência é que os moradores do Pinheiro assistam a seus imóveis serem transformados em favelões. Um local desvalorizado atraindo os mais pobres. Os invisíveis que todos veem, menos o poder público.
É fato que tragédias como a do Pinheiro, gerando milhares de refugiados, mostram as instituições de um Brasil pouco preparado para fenômenos ambientais ou geológicos.
As chuvas no Rio, por exemplo, tem consequências previstas, mas o prefeito Marcelo Crivella fala em circunstâncias “atípicas”.
É como a seca milenar no Nordeste que chocou o imperador, chocou os governantes. E todos continuam chocando.
A pressão dos moradores do Pinheiro será fundamental para acelerar uma definição sobre indenizações e o futuro do bairro.
Porque o poder é público mas ainda submetido aos interesses privados.