A fidelidade do Centrão, capitaneado por Arthur Lira, a Bolsonaro depende de dinheiro.
Sem os R$ 39 bilhões do orçamento secreto, distribuídos aos amigos deputados e senadores, o que sobra desta fidelidade?
Resposta: a posição do presidente da Câmara.
Jair Bolsonaro, ao vetar o fundo eleitoral, atingiu o orçamento secreto e jogou para o Congresso (vide-se Arthur Lira) a decisão sobre o futuro deste super-cofre.
Na era dos escândalos, nada é impossível. Nem a derrubada do veto, reativando a fábrica de dinheiro público.
Lira, como se sabe, é fiador de Bolsonaro mas, nas redes bolsonaristas, vem sendo exposto, ao estilo: a palavra mais publicável sobre ele é traidor.
Nem é preciso dizer as outras.
O presidente da Câmara enfrenta um ambiente hostil para aprovar as reformas. A do Imposto de Renda vem sendo conversada neste final de semana. Tem pressa em entregar as promessas para a turma dos negócios.
Mas ele sabe o que vem embalado neste pacote, que só não pode estar vazio.