A retirada de pauta do julgamento da ação de suspeição contra o juiz Marcelo Tadeu, no caso da falência do Grupo João Lyra, vai chegar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). É o que promete o magistrado. “Isso é a gota d’água. É uma situação que me fere como magistrado, põe em xeque a minha atuação profissional. Não aceito isso”, disse.
Na ação de suspeição, o Grupo João Lyra alega que o magistrado tem motivos pessoais para decretar a falência das empresas de JL, por isso entrou com a ação contra Marcelo Tadeu, que atuou como juiz convocado ano passado e pediu e decretou a falência do grupo.
Desde então, a situação do grupo é cada vez pior. O empresário João Lyra (PSD), que é o congressista mais rico do Brasil, não aceita vender parte de seu patrimônio e pagar a dívida de R$ 2 bilhões, devida a bancos e fornecedores.
Nesta terça-feira (16), o desembargador Tutmés Airan pediu vistas do processo, o que adia por mais algumas semanas o futuro do grupo.
“Não entendo. Por que pedir vistas deste processo? Para observar o quê mais?”, pergunta o juiz Marcelo Tadeu.