Tereza Nelma e Teca Nelma são duas peças consideráveis incabíveis dentro do PSDB. O isolamento das duas existe via Rodrigo Cunha, presidente do partido, e o prefeito JHC, aliado de Cunha.
O episódio mais recente: uma emenda de R$ 2,5 milhões, liberada para 10 mil artistas locais em 10 editais, anunciada pela Fundação Municipal de Ação Cultura. O dinheiro foi uma emenda da deputada federal Tereza Nelma, ainda da gestão Rui Palmeira.
Esta emenda é tratada como um feito da presidente da Fundação, Miriam Monte. Não é.
As Nelma são sondadas pelo senador Renan Calheiros para seguirem ao MDB. Significa mais um apoio ao candidato à sucessão do governador Renan Filho.
Pode ser um caminho natural, assim como natural é o esvaziamento do ninho tucano, num instante em que Rodrigo Cunha se prepara para disputar o Governo e terá de entregar votos ao candidato do partido a presidente da República, que pode ser João Dória ou Eduardo Leite.
Cunha arrisca uma eleição quase solo. Tem o apoio do prefeito JHC.
A família Moura, que está com o prefeito, vai para onde Renan Calheiros e Renan Filho forem.
O vereador Fábio Costa e o cabo Bebeto seguem o nome mais bolsonarista numa votação, que é Rodrigo Cunha, mas será que o jovem senador aguenta o tranco desta turma?
A resposta é sim.
O vice-prefeito Ronaldo Lessa, se for mantido ao Senado, é outro aliado que Rodrigo Cunha pode contar.
Mas em quais circunstâncias?
Ainda não se sabe.