Segunda Câmara do MPF em Brasília arquiva investigação contra Eudócia Caldas (Ibateguara) por crime eleitoral

Prefeita teria retido títulos de eleitor nas eleições de 2008, pagando em dinheiro ou colchões e cestas básicas

Odilon Rios
reporternordeste.com.br

A segunda Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em Brasília, arquivou, em sessão realizada no dia 15 de agosto, procedimento aberto pelo Ministério Público Federal de Alagoas contra a prefeita de Ibateguara, Eudócia Caldas. Ela era acusada de corrupção eleitoral.

Pela denúncia apurada pelo MPF, Eudócia e alguns correligionários teriam retido títulos de eleitor nas eleições de 2008 para repassar um determinado valor ou colchões e cestas básicas em período eleitoral.

A segunda Câmara pediu atuação da Polícia Federal no caso, mas não fora apurados indícios de corrupção contra a chefe do Executivo municipal.

Eudócia Caldas é mulher do ex-deputado federal João Caldas e mãe do deputado estadual João Henrique Caldas.

Também foram arquivados procedimentos abertos para instaurar irregularidades na distribuução de lotes no assentamento Brilho do Sol II, em Flexeiras (apurava-se a participação de lideranças do Movimento dos Sem-Terra e funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária- Incra- na suposta trama).

Também foi arquivado procedimento aberto para apurar supostas irregularidades na prefeitura de Matriz de Camaragibe, em 2002, sob o comando do prefeito Cícero Cavalcanti- hoje em São Luiz do Quitunde.

O material foi levantado pelo Tribunal de Contas do Estado, mas existe outro pedido de investigação aberto, pelo MPF local, contra Cavalcante e seu então vice, Marcos Paulo Nascimento, que teriam desviado recursos públicos federais repassados pelos Ministérios da Educação e Saúde, fato apontado em procedimento administrativo instaurado a partir de representação do Tribunal de Contas da União.

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