Santander cobra maior taxa de cartão de crédito por operação; veja lista

O Banco Santander apresenta a maior taxa de cartão de crédito, a cada operação feita com o “dinheiro de plástico”, na hora de pagar as contas- e acumular os famosos pontos ou bônus em programas de recompensa.

No caso do Santander, são R$ 16 por operação. O levantamento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Em um exemplo, para quem paga as contas de até R$ 24 mil/ano, o gasto extra é de R$ 768/ano. Economistas recomendam: quanto menor for o custo da conta, menos recomendável é o uso do cartão.

A sondagem compilou as tarifas cobradas nos últimos 12 meses pelos maiores bancos de varejo do país. Do lado dos privados, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC. Entre os públicos, Banco do Brasil e Caixa Econômica.

A diferença de preços chega a 400%, de acordo com o Idec.

Na sequência do Santander, aparecem Bradesco e HSBC, com tarifa de R$ 15. O BB é o mais “camarada” com o usuário do serviço, com taxa de R$ 3. Já a Caixa cobra R$ 7,50. O Itaú tem uma tarifa mais complexa, calculada a partir de taxa de juro de 2,99% ao mês.

“Maior ou menor, o prejuízo ao consumidor é inevitável”,  afirma a economista do Idec Ione Amorim.

“Quanto menor o valor da conta, menos recomendável é essa função. Por exemplo, se a conta de luz for de R$ 100 e o cliente pagá-la em um dos bancos que cobra R$ 16, isso equivale a uma taxa de 16%, é muito dinheiro. Colocando na ponta do lápis e anualizando esse gasto, o prejuízo é grande”, ressalta Ione.

O apetite dos bancos tem crescido na mesma medida do interesse dos consumidores pelo serviço. O próprio Idec mediu esse interesse. Hoje, dos cerca de 179 milhões de plásticos ativos no país, 16% usam a função de pagamento de contas. Para efeito de comparação, no ano passado, quando 154 milhões de cartões estavam ativos, aquele percentual não passava de 9%. Os bancos vendem o serviço como um benefício e avisam, nas letras miúdas da propaganda, as taxas cobradas para pagar a conta.

Ainda pelas simulações do Idec, o desejo de acumular mais milhas no cartão (uso mais recorrente de quem emprega o cartão para pagar contas diversas) não compensa o gasto final. Levando em conta o exemplo de quem paga R$ 24 mil no ano, o consumidor acumularia 12.000 milhas no período. Como na média os programas de recompensa estipulam um mínimo de dez mil milhas por trecho, daria para comprar apenas um trecho nacional.

“Também checamos os preços dos produtos que os bancos oferecem para serem trocados pela pontuação obtida no cartão e não é vantajoso. Nesses programas, um liquidificador pode custar até 10 mil pontos, que equivalem a R$ 20 mil gastos no cartão, valor muito superior a de um liquidificador na loja”, alerta a economista.

Procurados, os bancos frisaram que, em todos os comunicados e propagandas do serviço, as taxas são explicitadas. O Itaú Unibanco, especificamente, sustentou que adota a “forma mais equilibrada de cobrança”.

As informações são do O Globo

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