Repórter Nordeste

Santa Casa de Maceió é destaque em internações de pacientes clínicos do SUS

Além de ser referência em alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Santa Casa de Maceió também é destaque quando o assunto é internação de pacientes clínicos.

Os números do Datasus, analisados pelo provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, e publicados no endereço http://www2.datasus. gov.br, mostram que o Hospital Geral do Estado dr. Osvaldo Brandão Vilela é a unidade que mais internou pacientes clínicos de média complexidade em Alagoas no primeiro semestre deste ano. As 4.466 internações clínicas da unidade se justificam, uma vez que se trata da principal unidade de emergência do estado. Já a Santa Casa de Maceió ficou à frente no ranking alagoano da alta complexidade com 3.346 internações, o que totaliza 42,2% de Alagoas.

Os procedimentos clínicos de média complexidade incluem o atendimento e o diagnóstico de urgência em clínica médica, parto normal e de alto risco, além do tratamento de pneumonias, influenza (gripe), doenças infecciosas e intestinais, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, doenças crônicas das vias aéreas inferiores, traumatismos entre outros.

Já a alta complexidade inclui internação para quimioterapia de administração contínua, quimioterapia de leucemias, tratamento conservador do tumor do sistema nervoso central e, também, a iodoterapia de carcinoma, tratamento disponível em Alagoas apenas na Santa Casa de Maceió, que mantém dois quartos terapêuticos exclusivos para este tipo de tratamento.

No ranking nacional dos procedimentos clínicos de média e de alta complexidade pelo SUS, a Santa Casa de Maceió encontra-se em 95o lugar num universo de 4.667 hospitais, posicionando-se à frente de instituições de peso como Incor (SP), AC Camargo (SP) e o pernambucano Real Português.

Outro destaque do levantamento junto ao Datasus é a expressiva participação de hospitais do interior alagoano. Quando se analisa o rol dos que mais internaram pacientes clínicos em Alagoas no primeiro semestre de 2013 (e se exclui desta lista as unidades psiquiátricas) observa-se que dos dez primeiros do ranking, seis estão em outros municípios e apenas quatro em Maceió, cidade que reúne os maiores hospitais do Estado.

Nessa lista estão o Hospital Regional Santa Rita, de Palmeira dos Índios, e a Santa Casa de Penedo, que ocupam a 7a e a 10a colocação no ranking estadual da média complexidade, respectivamente.

Por outro lado, no ranking estão ausentes maternidades que poderiam figurar nas primeiras posições, uma vez que o parto é o principal procedimento clínico da média complexidade em todo o país. Um exemplo é a maternidade Denilma Bulhões, na capital alagoana, que registrou no primeiro semestre apenas 121 internações obstétricas de média complexidade, o que dá menos de um procedimento por dia.

Outro exemplo de hospital que vem realizando pouco atendimento à população é o Hospital Geral Ib Gatto Falcão, de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió. A unidade registrou em seis meses apenas 70 internações clínicas, quase nada frente aos 3.600 partos que o Hospital Nossa Senhora da Guia realizou no período.

Num estado onde as maternidades públicas enfrentam o problema da superlotação e a demanda por cirurgias gera grandes filas de espera pelo SUS, a baixa produção de algumas unidades prejudica as demais e levanta a questão da distribuição de recursos para os hospitais, que não prioriza quem atende mais e, principalmente, com qualidade, humanização e segurança ao paciente.

 

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