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ma denúncia divulgada nesta segunda-feira (14) pelo Jornal Folha de S. Paulo revela que a mineradora Samarco teria escondido e manipulado informações que deveriam ser repassadas à Polícia Federal. Os dados requisitados pela corporação dizem respeito àsinvestigações do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região central de Minas, ocorrido em novembro do ano passado.
Desconfiados, os policiais solicitaram à Justiça a quebra de sigilo das ligações telefônicas entre os funcionários da empresa. A reportagem alega que teve acesso aos telefonemas interceptados pela corporação. As conversas envolvem Germano Silva Lopes, gerente geral de projetos, Daviely Silva, gerente de geotecnia, e Wanderson Silva, coordenador de monitoramento, entre outros.
De acordo com a PF, os levantamentos feitos a partir das escutas indicam “fortes indícios” de que a Samarco tem escondido dados e informações e importantes. A corporação ressalta que fica claro que os colaboradores recebem ordens de superiores para agirem ou declararem dessa ou daquela forma. A própria assessoria de imprensa da mineradora recebeu orientações sobre o conteúdo que deveria ser enviado ou não aos jornalistas.
Ainda segundo a Folha, a defesa dos diretores da empresa alegou que não houve manipulação de informações, mas “preocupação de padronizar respostas aos milhares de ofícios requisitados e dezenas, senao centenas de inspeções”.
Resposta Por meio de nota, a Samarco informou que “não teve acesso oficial às escutas ou transcrições mencionadas pela Folha de S.Paulo como sendo parte do inquérito conduzido pela Polícia Federal e, dessa forma, não pode se manifestar sobre elas”. A empresa ressaltou ainda que não adultera informações ou documentos, e ‘”desde o primeiro momento vem colaborando ativamente com todas as investigações e autoridades, visando o completo esclarecimento das causas do acidente na barragem de Fundão”.
