A vida humana não brota numa haste, é construída com requintes de socialização, cultura; onde necessidades primárias e outras subsequentes impulsionam a espécie rumo ao melhoramento.
Nesse quadro facilmente compreensível todos nos visualizamos. Contudo, elementos outros, como ambição, arrogância e individualismo, têm cortado essa proposta comum de existir, subordinando os seres a partir das mesmas necessidades que nos irmanam e igualam.
A posse dos patrimônios territoriais e produtivos, criou a classe opressora.
O conhecimento é utilizado como grilhão de quem o possui sobre a grande parte de excluídos do acesso a ele.
Desvirtuada, a vida humana abre-se num leque de horrores, composto de fome, morte e medo.
Apesar disso, todos os sistemas estão sujeitos à mudanças. Pois que transformar cenários é uma força intrínseca a caracterizar a vida em todas as suas formas.
O retardo da marcha mantém o longo percurso de dor que assola indistintamente os que se encontram fora da zona de conforto mantida para alguns.
O cimento mais firme desse império iniquo é a submissão, é o silêncio.
As rachaduras serão consequência da pressão, do movimento vindo debaixo; quando os oprimidos não aceitarem mais tal condição.
Todas as negociações resultarão infrutíferas se não brotarem do chão da luta, do grande não às injustiças, sejam institucionalizadas ou individualizadas. A reação coletiva, o brado dos que não querem mais sofrer, será a única ferramenta com garantia de mudanças.
Vamos combater a cultura do silenciamento, sejamos pela vida!