É estranho que nenhum dos órgãos públicos em Alagoas tenha informações tão graves a respeito do fenômeno geológico no bairro do Pinheiro quanto as repassadas nesta sexta-feira pelo senador Rodrigo Cunha a Ricardo Mota, em seu programa de rádio.
Cunha usou uma contundência incomum ao falar do assunto. E assumiu – baseado no que adiantaram os geólogos que estudam a região- que existe uma “catástrofe anunciada” a caminho dos moradores; que a área será considerada inabitável; que a suspeita é a mineração, ou seja, as atividades de extração do sal-gema pela Braskem.
Por que os moradores não sabem disso? Por que o governador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira não avisaram publicamente sobre os detalhes destas investigações? Por que existem segredos em torno de uma “catástrofe anunciada”, como disse Rodrigo Cunha?
O que se imaginava- e parece não ser real- é que as autoridades não poupariam informações sobre este tema.
Nem o Ministério Público Federal, que determinou a retirada do sigilo dos primeiros relatórios sobre o tema.
Por que houve essa quebra de compromisso? A mando de quem?
Rodrigo Cunha deve abrir o jogo. Por questões humanitárias. Não dá para se esperar mais uma tragédia ligada a mineração.
Se as atividades deste setor forem as responsáveis pelo fenômeno geológico