Rodrigo Cunha está em busca de um discurso um ano antes das eleições.
Nem seu grupo político crê que ele tenha estofo eleitoral em 2022.
Tanto que João Caldas, pai do prefeito JHC, deve disputar uma vaga de deputado federal.
A realidade para Rodrigo Cunha seria ele ser candidato ao Governo e, se ganhasse, renunciaria o Senado. Sua suplente é Eudocia Caldas, mãe de JHC e mulher de João. Ela seria senadora por 4 anos.
Mas não se contava que Rodrigo chegaria em 2021 como um oco irrelevante no cenário local e nacional.
Mas, o senador resolveu mudar o conceito montado por ele mesmo.
O desafio é gigantesco.
Collor e Renan Calheiros estão posicionados neste momento, neste Brasil de pandemia, Bolsonaro & Cia.
Aos poucos, Rodrigo busca os caminhos mas ainda não desceu do muro.
Ele quer ocupar todos os lados. Será difícil. Ele vai precisar de um.
Seus compromissos políticos têm um preço tão alto que muito dificilmente ele terá condições de romper as amarras e buscar um mandato ao menos semelhante ao que fez na Assembleia Legislativa.
O discurso da ética, moral e bons costumes; o retrato de bom moço. Nada disso é suficiente.
Rodrigo Cunha não é um vazio ocupando um espaço na política. Tem ideias, referências, posições mas a fascinação da vitória ao Senado ainda não acabou. É como se a festa durasse até hoje.
Sair detrás dos panos e ir ao palco enfrentar os holofotes será muito duro para Rodrigo. Porém mostrará quem de fato ele é. Agradando ou não muita gente.
