RJ: governo federal vai liberar até R$ 35 milhões para Xerém

Com o maior número de desalojados – são 1 mil – depois das fortes chuvas que acometeram o Estado do Rio de Janeiro nestas quarta e quinta-feira, o Ministério da Integração Nacional vai liberar nos próximos meses de R$ 25 a R$ 35 milhões para a reconstrução de três pontes e compra de suprimentos para a população afetada por deslizamentos nas margens do rio Capivari, em Xerém, distrito de Duque de Caxias.

De acordo com a prefeitura de Duque de Caxias, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será firmado amanhã junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para garantir a transparência no gasto do dinheiro que será repassado ao município. A visita do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, também está prevista para sexta-feira, que estará acompanhado do governador Sérgio Cabral.

De imediato, segundo o prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, pelo menos R$ 5 milhões serão usados para a reconstrução de três pontes. O projeto dos empreendimentos será elaborado pela Coppe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A secretaria estadual de Defesa Civil informou na tarde desta quinta-feira que, além dos dois abrigos que já eram usados (Igrejas metodistas de Mantiqueira e Pedreira) para acolher os afetados pelas fortes chuvas, outros dois estão sendo empregados para receber desalojados e desabrigados: a Igreja Católica e a Escola Ely Combat. A Defesa Civil informou ainda que doou 400 colchonetes e 300 cestas básicas para a população abrigada.

Outros municípios
Em Angra dos Reis, na costa verde, o número de afetados pelas fortes chuvas chegou a 20 mil. No município choveu 70% do esperado para todo o mês de janeiro. Foram 208 mm em 24 horas, contra 212 mm no mesmo período em Duque de Caxias. Considerada pelas autoridades como a cidade mais atingida na região serrana, Petrópolis teve 5 mil pessoas afetadas pelas chuvas – incluindo 30 desalojados. Tudo provocado pelo transbordamento de rios. Nova Friburgo, segundo informações da meteorologista da Defesa Civil estadual Michele Lima, tem grande risco de chuvas na madrugada.

Frente fria
Ainda de acordo com a meteorologista da Defesa Civil, a precipitação no Estado do Rio de Janeiro foi provocada por uma frente fria. A chuva continua até a tarde de sábado na costa verde, na região serrana e na Baixada Fluminense. Já no domingo, o tempo melhora, mas ainda há risco de pancadas de chuva.

Histórico de deslizamentos
Em janeiro de 2011, a baixada fluminense enfrentou a maior tragédia climática da história do Brasil. Foram 918 mortos e mais de 215 desaparecidos após as fortes chuvas que atingiram sete municípios da região. As cidades mais atingidas foram Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.

No ano anterior, em 2010, uma série de deslizamento deixou 30 mortos em Angra dos Reis nas primeiras horas do dia 1º de janeiro. O deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e sete casas na Ilha Grande, matando pelo menos 19 pessoas. No continente, 11 pessoas morreram em outro desmoronamento.

As informações são do Terra

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