Repórter Nordeste

Reviravolta no caso Bárbara Regina põe em xeque a credibilidade da cúpula da PC

Uma a uma, as versões da Polícia Civil de Alagoas sobre o desaparecimento e assassinato da barbarareginaestudante de Contabilidade, Bárbara Regina, estão sendo desmontadas e colocam em xeque a capacidade técnica da atual cúpula da PC, coordenada pelo delegado Paulo Cerqueira.
Mês passado, a cúpula da PC apresentou um primo de Vanessa Ingrid- Thiago Handerson- que descreveu Bárbara Regina como uma mulher viciada em cocaína e garota de programa. Vanessa está presa, acusada em dois assassinatos.

O testemunho foi anunciado dois dias depois de uma saraivada de críticas da desembargadora do Tribunal de Justiça, Elisabeth Carvalho do Nascimento, ao trabalho desenvolvido pelo secretário de Defesa Social, coronel Dário César.

Problema da versão de Thiago é que não há provas técnicas que sustentem as acusações. De acordo com a PC, o corpo foi queimado na região da Mata do Rolo. O médico legista George Sanguinetti- consultado pelo Repórter Alagoas- sustenta que mesmo o corpo nestas condições deixa vestígios na região.

Peritos nunca encontraram nada. Mesmo assim, a PC segue a mesma versão.

Logo depois, Paulo Cerqueira recebeu o resultado do exame de DNA do carro de Moabe Lino- acusado pela polícia de ocultar o corpo da estudante: o sangue é masculino. A primeira versão- da PC- apontava que as manchas encontradas no veículo pertenciam a Bárbara.

O Ministério Público Estadual pode retirar Moabe Lino das investigações. Isso porque- até agora- não há provas contra ele.

O principal buraco das investigações é que a polícia descartou versões desde o principio: Bárbara namorou um homem casado e com passagem pela polícia por agressão à mulher.

Além disso, Bárbara havia denunciado outro homem por estelionato. Versão também nunca levada em conta pelos agentes da PC.

Após a nova versão- a do sangue encontrado no carro- a cúpula da polícia segue em silêncio. Não há muito a dizer sobre os tantos erros da investigação.

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