Repórter Econômico: Um cenário de crise brava

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

Um cenário de crise brava
A inflação vem crescendo, podendo chegar aos dois dígitos (10%) em 2015. Sinal de que a crise chegou para valer, assim como aconteceu nos EUA e Europa em 2008, quando o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva dizia que nada impedia o crescimento econômico do Brasil, continuando incentivando o consumo, ampliando os gastos públicos e agora, o resultado está aí: PIB negativo, inflação em alta, desemprego, inadimplência. Tudo isso que a coluna previa desde que estourou a crise econômica no Primeiro Mundo.

Como sempre, são os países ricos, que estão se recuperando e os emergentes, se afundando. É a mesma coisa que um brasileiro, com renda de cinco mil reais e uma despesa de dez mil. As facilidades que o mercado financeiro e o comércio lojista oferecem ao consumidor, induzem ao gasto exagerado, sem preocupação com os juros altos, a multa, a inadimplência, o “nome sujo” no SPC, recorrendo aos agiotas.

Mudando de hábitos
Os consumidores já começam a entender que a crise é séria mesmo, e vão mudando de hábitos, reduzindo os gastos, optando por comprar à vista, e evitando empréstimos. O próprio governo corta gastos do orçamento anual, atingindo todas as áreas, mas mantendo seus programas sociais, necessários para a redução da desigualdade social. É uma medida tardia. Deveria ter fito isso desde 2008, mas preferiu incentivar o consumo.

Negociando, é a saída!
Quem se encontra com dívidas acumuladas, sem condições de pagar, tem que negociar com o credor, apresentar sua proposta de pagamento sem juros e multas e divididos em até dez vezes, no máximo. É explicar a situação de penúria que vem atravessando e conquistar sua sensibilidade para um momento de puro apreensão, desespero e depressão. Mas deve cumprir à risca o pagamento das parcelas mensais.

Lembrando a inflação
Quem como eu, atravessou a fase dos planos econômicos: Cruzado, Bresser, Verão e Collor, sentiu no bolso a desvalorização constante do nosso dinheiro diante do dólar, os preços subindo à estratosfera e falando mercadoria nos supermercados, presenciou a chegada do Plano Real, que já completou 21 anos, com inflação controlada, que teima agora em crescer, mas o governo garante que isso não vai acontecer. Temos esperança que sim. E devemos continuar sabendo seguir um orçamento, onde a meta é reduzir os gastos e ainda manter uma reserva financeira.

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