Repórter Econômico: O segredo do cofre

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de Economia para o dia a dia do consumidor

O segredo do cofre
Uma importante fonte de pesquisa que disponho em minha biblioteca, é o livro escrito em 1997 pelas jornalistas Ana Paula Padrão e Valderez Caetano, com esse título. Desvenda a complexidade que envolve a dívida dos Estados e municípios, naquela época (há quase 20 anos) apresentando um rombo de mais de R$ 100 bilhões nos cofres públicos. Tudo isso fruto de sucessivos escândalos, levando governadores e prefeitos a enrar no esquema perigoso de lançamento indevido de títulos públicos, acumulando dívidas de bilhões de reais.

As jornalistas mostram como a herança dessa “montanha” de dinheiro, influencia a vida de futuras gerações, que terminam pagando a conta. O resultado é que boa parte dessa dívida tem como credores, servidores públicos, a imensa maioria sem nunca ter recebido um centavo. Alguns já morreram e seus herdeiros, continuam esperando o dinheiro. A burocracia emperra tudo. Aqui, existem algo em torno de 100 milhões de reais para pagamento de parte desses precatórios dos funcionários públicos que ganharam esse direito na Justiça, mas nunca receberam.

O que fazer?
Esperar sempre! Um dia seu precatório vai chegar em seu bolso. Por aqui, quem já recebeu, foi exatamente os que são verdadeiramente “marajás”, com salários altíssimos, enquanto a imensa maioria, é composta de funcionários públicos do Estado que recebem salários baixos e consequentemente os valores a serem pagos, insignificantes para os ricos que receberam. Mas é preciso ter esperança. Afinal é Lei e “a Justiça tarda, mas não falha”.

Juros
O governo já admite aumentar as taxas de juros para reduzir o consumo. Por isso é preciso fugir delas. Quem se endividou e agora não tem mais como pagar, vai ficar numa situação mais complicada. Procure uma maneira de negociar esse débito e jurar nunca mais usar o crédito de longo prazo. Viva de acordo com o que ganha e reserve ainda uma parte de sua renda para a caderneta de poupança. Quando precisar comprar algo, saque o dinheiro, pague à vista, com um bom desconto e continue poupando todo mês.

Pesquisando
Veja que os produtos que estavam aumentando seus preços nos últimos meses, já estão baixando e devem chegar ao mesmo patamar de antes. O tomate, por exemplo, chegou a ser vendido por R$ 10,00, o quilo. Agora se encontra abaixo a R$ 3,00. Continue pesquisando para encontrar até por menos. Vá a uma feira livre, onde poderá pechinchar e conseguir reduzir mais ainda.

Um só cartão
Se você dispõe de vários cartões, inclusive de lojas, elimine e fique apenas com um que seja de uma bandeira confiável e aceita em todos os pontos de venda, mas comprando apenas o estritamente necessário e pagando o valor total da fatura, jamais parcelando. Se parcelar, vai terminar nunca quintando tudo, exatamente porque vai continuar comprando mais.

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