Ícone do site Repórter Nordeste

Repórter Econômico: Não adianta reclamar!

Jair Pimentel

Tem que se conformar mesmo com o que ganha e procurar economizar ao máximo para atravessar esse período de recessão, que já ocorreu em várias oportunidades nos últimos 30 anos. Se os ricos da América do Norte (EUA e Canadá) e da Europa, já passaram por isso, como o Brasil ficaria imune a uma crise econômica que provoca queda na produção, desemprego e quebradeira de empreas? A inflação está crescendo, mas jamais em patamares como da década de 1980 e início da seguinte, quando chegou a atingir 84% ao mês. Ainda não chegou aos dois dígitos. Nem chegará, porque os consumidores já aprenderam a economizar, pesquisar preços e só comprar realmente o necessário.

O grande problema é que a imensa maioria da população, principalmente a classe média, seguiu o governo, gastando mais do que o que ganha, diante de tantas facilidades no crédito. Agora se encontra “no fundo do poço” e não sabe como sair. Dica: negocie com o credor, peça dispensa de juros e multas, pague, e jure nunca mais se endividar. Não vivemos na Escandinávia, onde todos são ricos, felizes, sem violência, sem endividamento. O Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes e a mais brutal concentração de renda do mundo, onde mais da metade é de endividados. Não caia na tentação do “dinheiro fácil” oferecido pelas financeiras no crédito consignado, e das próprias lojas que garantem pagamentos parcelados sem juros, quando na realidade, embutem esses juros no preço.

Só agora o “aperto”

O governo, depois de 12 anos de gastos astronômicos, só agora quer mudar e seguir a mesma cartilha do anterior de 8 anos: arrocho salarial, cortes nas despesas e até privatização de estatais. Se não fizer isso, o País volta aos velhos tempos da hiperinflação do governo Sarney, que adotou três planos de congelamento e preços e
salários e ela voltou e chegou ao confisco do mercado financeiro no governo seguinte.

Seu orçamento

Já estamos no oitavo mês do ano e seu orçamento doméstico vem seguindo as dicas da coluna desde janeiro? Se não, procure seguir à risca, com a regra básica: minimizar os custos e maximizar os lucros, ou seja, reduzir despesas e deixar parte do salário para uma reserva financeira. As empresas fazem assim, mas o governo não: gasta sempre mais do que arrecada e pede emprestado para cobrir suas despesas. Siga o primeiro exemplo.

Pagando em dia

Com os juros nas alturas, qualquer dívida não paga no prazo certo, vai crescendo, acrescida das multas, podendo ficar impagável. Portanto, evite isso e paque em dia as contas de energia, água, telefone, prestações diversas, principlamente a fatura do cartão de crédito e o cheque especial usado. Se ficar pagando apenas o mínimo, chega

o dia em que não vai conseguir mais pagar. Os juros nesse sistema de crédito chega a quase 20% ao mês. Um verdadeiro “suicídio financeiro”. Fuja disso!

 

Sair da versão mobile