Repórter Nordeste

Repórter Econômico: Convivendo com a inflação

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José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

Convivendo com a inflação
Indiscutivelmente o Brasil vive mais uma recessão econômica: queda na produção, desemprego e inflação crescendo. Um filme que já vivenciamos em várias oportunidades, principalmente os que já passaram dos 50 anos, são assalariados ou patrões. O governo sempre teve uma armadilha: aumentar impostos, para atacar os dois: produtor e consumidor, enquanto gasta mais do que arrecada. O quê fazer?

Primeiro, economizar ao máximo, vivendo de acordo com o que ganha. Se tem dívidas que cresce a cada mês, em função dos altos juros e multas, procure negociar com o credor, reduzir ou mesmo dispensar tudo e pagar com um bom desconto, prometendo nunca mais se endividar. Se trabalha numa empresa privada, procurar produzir ao máximo, sem necessariamente “bajular” o patrão, mas mostrar seu talento e esforço, para segurar o emprego. O mercado de trabalho é muito competitivo.

Lembrando as crises
Desde a redemocratização, ocorreram três crises sucessivas bem piores do que a atual, que pode ser mais prolongada, caso o governo não tomes medidas drásticas para conter seus gastos. Na década de 1980, Sarney adotou três planos de congelamento de preços e salários para conter a inflação, e não conseguiu. Na Era Collor, a inflação chegou a estratosféricos 1.119% em apenas um um ano (1992). Era obviamente, uma hiperinflação. FHC, dependia do dólares do FMI para fechar suas contas e Dilma enfrenta além da infação crescendo, o desemprego.

Impopular
Nos três casos, o governo foi obrigado a tomar medidas impopulares como elevação dos juros, corte de gastos e mais impostos. Lula e Dilma, investiram nos programas sociais, conseguindo reduzir a miséria, mas incentivando o consumo e continuaram gastos mais as contas do Tesouro Nacional, impulsionando a alta dos preços ao consumidor. O resultado é a volta a inflação, o endividamento, a queda da produção e o desemprego: pura recessão!

Tecnologia
Em 1983, o Prêmio Nobel de Economia, americano Wassily Oeontief, fez uma previsão considerada chocante: as máquinas substituiriam o trabalho humano, como o trator substituiu o cavalo. Realíssimo! Hoje, o mundo com mais de 200 milhões de desempregados (igual a população total do Brasil), resta pouca dúvida de que a tecnologia está revolucionando o mercado global de trabalho.

Orçamento
Já estamos nos aproximando do último trimestre do ano. A inflação pode chegar aos dois dígitos (10%), o que não ocorria há muitos anos. Sinal de que está ocorrendo aumentos constantes de preços, queda na produção e dólar em alta, diante do real, que se desvaloriza, beneficiando apenas o exportador. Siga o seu orçamento doméstico, priorizando o corte nos gastos, mudando seus hábitos de consumo. Pesquise sempre antes de comprar. É a dica principal, para quem quer sobreviver a qualquer crise.

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