Repórter Econômico: Compre sua casa

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

Compre sua casa

Ter um imóvel para chamar de seu é o sonho da maioria dos brasileiros. E as possibilidades para transformar esse sonho em realidade são basicamente três: financiamento habitacional nos bancos, consórcio imobiliário ou compra na planta. O mais comum e mais próximo da realidade da maioria dos sonhadores é o famoso Sistema Financeiro da Habitação (SFH). E é exatamente essa modalidade que a coluna cita hoje.

Antes de sair em busca de um imóvel, economize para somar ao que você tem no FGTS e assim aumentar o valor da entrada. Quanto maior ela for, menor será a quantia a ser financiada e em menos tempo você quita o financiamento. A entrada é de no mínimo 20% do valor do imóvel. Por isso, se deseja comprar um apartamento de R$ 450 mil, precisará dar R$ 90 mil de entrada. Se não tiver o valor, será preciso procurar um imóvel mais barato ou esperar um pouco e poupar até atingir o total da entrada.

Sua renda
É importante também ter renda familiar compatível com as prestações. Só é permitido comprometer 30% do valor da renda. Alguns bancos, porém, permitem até 35% da renda bruta. Isso quer dizer que se a prestação ficar em R$ 1.500,00, você precisa comprovar renda de R$ 5 mil. A boa notícia é que você pode juntar sua renda com a de outra pessoa, caso não disponha dos R$ 5 mil, e não necessariamente precisa ser o cônjuge. Não esqueça que a pessoa que ajudou a somar o valor necessário também é responsável pelo pagamento das parcelas.

Sua idade
Fique atento também ao limite de idade. Em geral, as instituições possibilitam o financiamento para pessoas com idade a partir de 18 anos. A grande restrição se dá com relação à idade que você terá no final do contrato. Os limites são de 17 a 81 anos e meio. Se você tem hoje 60 anos e pretende entrar em um financiamento com duração de 20 anos, haverá instituições que lhe negarão o crédito em função da idade. O único banco que não tem essas limitações é o Bradesco. Veja que é um banco privado, enquanto os públicos, seguem as limitações.

Faça pesquisa
Depois de avaliar todas essas considerações, comece a pesquisar o banco que oferece não só as menores taxas de juros, como também o menor Custo Efetivo Total (CET). O mercado trabalha com várias linhas de financiamento em função do valor do imóvel e da renda do interessado. No SFH, as taxas são menores. Para imóveis fora dele, elas costumam ser maiores. Lembrando que, caso você opte por parcelas fixas, as taxas de juros são altas porque há correção pela TR (Taxa Referencial). os juros são importantes de analisar, mas a escolha final deve se dar pelo CET.

Custos extras
Essas são as despesas com a avaliação do imóvel e com a análise jurídica, que é importante, entre outros motivos, para detectar a existência ou não de débitos fiscais em processo de execução. E a avaliação do imóvel observa as condições de saneamento, determina o valor do imóvel e verifica a existência de vícios de construção, por exemplo.

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