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Repórter Econômico: Caminhos da inflação

José Jair Barbosa Pimentel- Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

Caminhos da inflação

O Brasil, sempre vinha mantendo uma inflação controlada desde a implantação do Plano Real, em 1994. Mas a crise econômica mundial que já dura 5 anos, atingiu em cheio o os Estados Unidos, a maior potência e mais a Europa. Claro que chegaria por aqui. Afinal não se pode ser imune a uma crise dos ricos! A inflação está voltando. Argentina e Venezuela, as duas maiores economias da América do Sul, logo depois do Brasil, já atingiram os dois dígitos. E o caminho daqui é o mesmo. A curto prazo.

Incentivar o consumo, com redução de juros e de impostos, faz com que a procura aumente e a oferta diminua, ocasionando aumento de preços e, com isso, chega o grande vilão de qualquer economia: a inflação, que por aqui atingiu a marca dos 84% em março de 1990, quando houve o confisco do mercado financeiro. Mas, claro que ela não volta nunca mais a esse patamar. É preciso dar um freio, que claro a equipe econômica sabe como fazer. É só esperar.

Nosso lado
Indiscutivelmente, o único caminho para frear a inflação, é reduzir o consumo e consequentemente o endividamento. Mas incentivar o consumidor a tirar empréstimos para pagar em 10 anos (120 meses) é gerar mais débito, que é descontado em folha de pagamento, aumentando o lucro dos bancos e levando o devedor ao “fundo do poço”. Fuja disso. Procure sobreviver de acordo com seu poder de compra (sua renda mensal) e ainda reservando 10% dela para uma caderneta de poupança.

Taxas de juros
A conhecida Taxa Selic determinada a cada mês pelo Conselho Monetário Nacional, é específica entre bancos e se encontra no patamar dos 7% ao ano. Vinha sendo reduzida recentemente, mas a partir de agora tem que aumentar, para frear a inflação. Repito: Ela só vale entre os bancos. No bolso do consumidor ela chega aos 10% ao mês para quem usa cartão de crédito parcelado ou cheque especial. Os demais sistemas de crédito têm taxas menores,mas sempre superiores à inflação. Portanto, prejuízo para quem paga.

Fuja do credor
Não aceite as ofertas de dinheiro fácil que bancos e financeiras oferecem. Esse setor é o que mais lucra no país às custas de seus clientes, cobrando juros abusivos e ainda levando seu nome para o cadastro negativo, caso não pague em dia, cobrando ainda multas. Procure sobreviver de acordo com o que ganha, pagando suas despesas fixas, a alimentação e outros compromissos rigorosamente no prazo certo.

Pesquisando
Mais uma vez, repito: pesquise preços, nunca comprando na primeira parada, principalmente nas promoções. A concorrência em todos os setores do comércio é acirrada e garante a oportunidade de encontrar um preço baixo, com uma boa economia para o seu orçamento. Vá às compras sem pressa, converse com o vendedor e só compre quando tiver certeza que está levando para casa um produto barato e de boa qualidade.

Prestamistas
Fuja delas. São aquelas figuras que vendem confecções, calçados, jóias, cosméticos, perfumes, etc, sempre “a preço de custo” e sem consulta ao SPC e ainda a prestação. Leva as mercadorias numa sacola a sua casa ou trabalho, mostra, prova e só paga depois de um mês. Só que nessa primeira prestação, ela já paga o valor que comprou. As demais, é puro lucro. Na loja você tem tudo isso e com preço menor.

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