O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) volta a ser personagem de peso na recomposição do Governo Dilma Rousseff.
Segundo Fernando Rodrigues, Renan tratará de perto com a Fazenda a recomposição social da administração federal.
E a novidade disso?
Nas eleições alagoanas o próprio Renan cunhou a imagem do senador-engenheiro. Com um capacete, passeava por entre obras, assumindo a paternidade de quase todas.
É uma multi mistura entre o herói que sempre salva alguém (o povo) e um semi deus com capacidade de guiar o destino de um punhado de gente.
Não é à toa que Renan passeia entre lideranças católicas e neo pentecostais. RR Soares que o diga.
Agora, o Renan engenheiro terá de chocar o ovo da serpente. Não gerado por ele mas acolhido por entre suas asas.
“Em política se cisca para dentro”. Eis o ditado com jamegão de Renan.
E daí? Daí que Renan tem uma chance histórica. Para além do personagem inventado por ele e protagonizado nas campanhas, o presidente do Senado tem a Alagoas que lhe dá votos e o Nordeste sufragando Lula e Dilma.
Por isso é irônico (mas não exagerado) pensar que Renan será quem fará o PT voltar a ser esquerda, recompondo suas bases populares e chamando de volta os eleitores que buscam uma ideologia. Ou heróis e mitos na politica.
Os heróis estão vivos (não morreram de overdose, diria Cazuza). Mas que os inimigos estão no poder, isso sim, é uma sensação das ruas.
Caberá a Renan a saída pela esquerda ao PT. Como era no começo.