Em processo de autofagia, o PMDB busca retirar, do xadrez em Brasília, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
De aliado, o gravador-Geral da República, Sérgio Machado, é agora o amigo da onça de Renan.
No Fantástico deste domingo, Renan aparece em gravação (mais uma!) preocupado com os rumos da Operação Lava Jato e discutindo o assunto com o hoje ministro da Transparência (ex-CGU), Fabiano Silveira. Veja.
Silveira critica a Lava Jato. E é citado em outra gravação onde Renan (de novo!) diz que o hoje ministro procurou Rodrigo Janot para saber as implicações contra o senador alagoano nas investigações.
O presidente do Senado ganhou um elogio escolar, uma estrela na testa: foi chamado de “gênio”: “Ele disse ao Fabiano: “Ó, o Renan… Se o Renan tiver feito alguma coisa que eu não sei… Mas esse cara, p…, é um gênio”, usou essa expressão. “Porque nós não achamos nada”.
É possível que os diálogos seletivamente revelados tenham relação com a relação (turbulenta) entre o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha, e Renan.
Mas, até que ponto Renan suportará (se existir) uma segunda renúncia da Presidência do Senado? Ou ele vai arrastar a indefinição, como faz Cunha na Câmara?
O “gênio” de Renan opera em busca de respostas.
