O governador Renan Filho (PMDB) desembarcou ontem na TV Pajuçara, onde deu entrevista a Oscar de Melo, apresentador do programa Cidade Alerta (TV Pajuçara). Após a briga nas ruas de Maceió entre criminosos-torcedores do CSA e CRB no final de semana, Renan parece ter saltado de uma nave espacial, em agradável passeio pelas crateras da Lua- aliás, bela e radiante nos últimos dias.
Mesmo a beleza embriaga a olhar. E entorpece o homem.
E Renan, extasiado pelo Belo, mostra-se entusiasmado com os resultados da Secretaria de Defesa Social, que vem matando mais, que a pobreza e o crime caminham juntos e mostrou o lado mais truculento da polícia dentro de um estádio como o Rei Pelé, no primeiro clássico das multidões do ano.
A polícia atirou balas de borracha para as arquibancadas. Talvez em busca do respeito a farda.
Fosse melhor estarem vestidos com sacos de batata. Ou mortalhas de carnaval.
Renan quis defender a redução de homicídios como uma alternativa de “qualquer custo”. Na entrevista, a única área que existiu foi a Defesa Social e o nome de Alfredo Gaspar. Luciano Barbosa, o secretário-sol da Educação, não apareceu- talvez porque seu brilho esteja intenso demais.
Rosinha da Adefal e Joaquim Brito nem existem. Nem para serem malhados como Judas.
Porém, Renan Filho segue adiante em sua tarefa de combater moinhos de vento. Violência? Com mais violência. Crime? Mais cadeias.
Outras equações poderiam ser usadas.
Porém, elas adiantariam a infeliz incapacidade de parte do secretariado em lidar com a realidade.