O ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o senador Renan Calheiros (MDB) negociam atrair o PSDB para a vaga de vice do governador Paulo Dantas (MDB) ou suplente do ex-governador Renan Filho (MDB) na disputa ao Senado.
O indicado tucano seria o sobrinho de Téo Vilela, o deputado federal Pedro Vilela.
As negociações podem inviabilizar o futuro político da deputada Jó Pereira (PSDB), cotada para vice do senador Rodrigo Cunha (União Brasil) na disputa ao Governo.
PSDB e Cidadania estão federados. Em Alagoas, Régis Cavalcante (Cidadania) defende que Jó dispute mandato de deputada federal. O próprio Régis pode ser beneficiado, já que ele concorre a uma das nove vagas à Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara Arthur Lira (PP) atua para impedir o acordo PSDB-MDB. E mantem contatos com o presidente nacional do PSDB Bruno Araújo.
Lira atua para não quebrar o acordo feito com a nacional do tucanato, ou seja: Rodrigo Cunha como candidato a governador e Jó Pereira, vice.
Este acordo incluiu a saída de Rodrigo do PSDB alagoano (ele era presidente do partido), com anuência de Téo Vilela, e a ida para o União Brasil que em Alagoas está sob comando de Lira.
Em troca, o presidente da Câmara cedeu Jó Pereira para o PSDB.
As costuras entre Téo Vilela e Renan Calheiros estão em andamento há 20 dias. Ambos têm encontros diários. Pedro Vilela foi orientado a também se mexer.
Ele foi ao encontro do governador Paulo Dantas, mostrando sintonia com a nova administração mas principalmente dando um recado público a Arthur Lira. Ou seja: o PSDB alagoano é Vilela, não Pereira.
Para também marcar posição, Vilela-sobrinho foi orientado a atacar o prefeito JHC (PSB), principal aliado de Lira e Cunha: cobrou o pagamento dos precatórios do Fundeb, compromisso de campanha do hoje prefeito e até agora não cumprido.
A última vez que Pedro e JHC se encontraram foi em 30 de abril, ao lado de Rodrigo Cunha.
