Após a CPI da Covid, o ambiente político envolvendo Renan Calheiros e Arthur Lira vai beirando o irrespirável.
Apenas um dos dois vai ganhar a cadeira de governador de Alagoas em 2022. Somente um dos dois terá mais deputados estaduais, mais prefeitos, mais vereadores em seus grupos.
Calheiros mostra os escândalos agregados ao orçamento secreto e vai citando Lira neste conjunto de coisas. Lira, ao menos por enquanto, não vai ao embate com o senador. Certeza é que o silêncio dele é provisório.
Essa guerra não é moral mas por interesses. Calheiros, quando partilhava mais diretamente os acepipes do poder, também tinha status, prestígio e bastante dinheiro à disposição dele e de muita gente.
Hoje, é Lira quem tem a chave do cofre. E mais ainda levando em conta que, de todos os presidentes da República desde a redemocratização, Jair Bolsonaro é o mais impopular e o que tem a base política mais frágil. Ponto bastante positivo ao presidente da Câmara.
O tempo dirá.