Dados do levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES) evidenciam que regiões Norte e Nordeste apresentam carência significativa de profissionais da medicina quando somam-se os números de habitantes (71 milhões) e o número de médicos (130 mil).
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o número de médicos por habitantes deve ser de 3,73/1000 habitantes. Nas regiões, existem menos de dois médicos por mil habitantes.
Os estados com menores índices de médicos por mil habitantes são o Maranhão (1,13) , no Nordeste e o Pará (1,22), na região Norte.
Outros estados também preocupam: Piauí 1,40, Acre 1,46, Bahia 1,90 e Ceará 1,95.
De acordo com a Associação, a negativa da abertura de novos cursos de Medicina pelo Ministério da Educação (MEC) agrava a carência: 13 pedidos de abertura de novas vagas foram negados nas regiões Norte e Nordeste na última semana, diz a pesquisa. Sete estão em processo.
Segundo o MEC, os pedidos foram indeferidos pois os municípios onde os cursos seriam abertos estão de acordo com a recomendação da OCDE (3,73/1000), o que não justifica a abertura dos cursos.
A Associação questiona a decisão, argumentando que o MEC está considerando apenas os municípios e não a região de saúde. Para a entidade, as regiões continuarão com falta de profissionais com a manutenção da postura do Ministério.
*Com informações do portal Brasil 61.