Regiões Norte e Nordeste enfrentam escassez de médicos, diz pesquisa

Médicos chegam ao local de prova para a segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2020, em Brasília.

Dados do levantamento da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES) evidenciam que regiões Norte e Nordeste apresentam carência significativa de profissionais da medicina quando somam-se os números de habitantes (71 milhões) e o número de médicos (130 mil).

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) o número de médicos por habitantes deve ser de 3,73/1000 habitantes. Nas regiões, existem menos de dois médicos por mil habitantes.

Os estados com menores índices de médicos por mil habitantes são o Maranhão (1,13) , no Nordeste e o Pará (1,22), na região Norte.

Outros estados também preocupam: Piauí 1,40, Acre 1,46, Bahia 1,90 e Ceará 1,95.

De acordo com a Associação, a negativa da abertura de novos cursos de Medicina pelo Ministério da Educação (MEC) agrava a carência: 13 pedidos de abertura de novas vagas foram negados nas regiões Norte e Nordeste na última semana, diz a pesquisa. Sete estão em processo.

Segundo o MEC, os pedidos foram indeferidos pois os municípios onde os cursos seriam abertos estão de acordo com a recomendação da OCDE (3,73/1000), o que não justifica a abertura dos cursos.

A Associação questiona a decisão, argumentando que o MEC está considerando apenas os municípios e não a região de saúde. Para a entidade, as regiões continuarão com falta de profissionais com a manutenção da postura do Ministério.

*Com informações do portal Brasil 61.

 

 

 

 

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